Diesel cai menos do que o esperado pelo governo
A redução do preço do diesel nas bombas ocorre em ritmo bem menor que o
esperado pelo governo. Segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo
(ANP), a queda acumula 2,28% desde a redução de 15% nas refinarias. Na
ocasião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo
calculava uma queda de 9,6% nas bombas, com a compensação do aumento na
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), de R$ 0,04 por
litro.
Segundo a ANP, o preço médio do diesel no Brasil foi de
R$ 2,057 por litro na semana passada, ante R$ 2,105 na semana do
reajuste. Caso o repasse estimado pelo governo já tivesse chegado às
bombas, o preço médio nacional estaria na casa dos R$ 1,90 por litro.
Mas a pesquisa da agência identificou preços abaixo de R$ 2 em três
Estados: Goiás (R$ 1,975), Tocantins (R$ 1,990) e Paraná (R$ 1,999).
"Tem
muita gente ainda com estoque antigo, comprado a preços mais caros. Mas
ainda há espaço para que os preços baixem mais", disse o presidente da
Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e
Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda. Segundo ele, a única
distribuidora a repassar toda a redução do preço nas refinarias foi a
Petrobrás. As demais estariam repassando valores inferiores ao
estimado, por causa dos estoques antigos.
Em São Paulo, a queda
nas bombas foi ainda menor do que a média nacional: 2,02% desde o
inicio do mês, atingindo um preço médio de R$ 2,076 por litro na semana
passada. A pesquisa da ANP aponta que Roraima tem o diesel mais caro do
País, em média a R$ 2,467 por litro.