Barril sobe mais de 4% em NY e fecha sessão a US$ 56,34
Os preços do barril do petróleo fecharam o pregão de ontem da bolsa de
Nova York em forte alta, superando pela primeira vez desde novembro do
ano passado a marca dos US$ 56.
Na bolsa de Nova York (New York Mercantile Exchange, Nymex, o
barril do petróleo WTI para entrega em junho ganhou US$ 2,50, ou 4,64%,
em relação ao pregão anterior, fechando a US$ 56,34 - foi o maior nível
desde o fechamento de 14 de novembro de 2008, quando encerrou o dia a
US$ 57,04 por barril. Durante a sessão de ontem da bolsa nova-iorquina,
o barril chegou a atingir US$ 56,47.
No pregão de Londres (InterContinental Exchange), o barril do Brent
do Mar do Norte com igual vencimento subiu US$ 2,03, ou 3,75%, para US$
56,15, na comparação com os preços do pregão de terça-feira.
Depois de fechar em baixa na véspera, o mercado se recuperou com a
mudança de atitude dos investidores, tranquilizados em relação à
situação dos estoques semanais de petróleo nos Estados Unidos, que
registraram uma alta menor que a esperada pelos analistas.
"Os números (em relação aos estoques norte-americanos de petróleo)
de hoje não foram tão baixistas quanto as expectativas do mercado e,
como o rali recente tem como base a melhora da situação econômica, os
preços (do petróleo) acompanham também", disse Jay Levine, corretor da
Enerjay LLC.
Um relatório indicando que o ritmo de demissões no setor privado
diminuiu em abril e os ganhos em Wall Street também impulsionaram ontem
o mercado de petróleo em Nova York.
A Agência de Informação de Energia divulgou que os estoques
domésticos de petróleo subiram 600.000 barris durante a semana
encerrada em 1º de maio, para 375,3 milhões de barris, o maior nível
desde a semana de 7 de setembro de 1990, quando as reservas ficaram em
378,8 milhões de barris.
A alta nos estoques norte-americanos, entretanto, ficou bem abaixo
do volume previsto pelos analistas consultados pela agência de notícias
"Dow Jones Newswires", que projetaram um aumento da ordem de 2,1
milhões de barris.
No entanto, os estoques de petróleo nos Estados Unidos permanecem em seu nível mais alto desde setembro de 1990.
As reservas de gasolina nos EUA caíram em 200 mil barris na semana
encerrada em 1º de maio, para 212,4 milhões de barris, ao passo que os
analistas esperavam uma alta de 100 mil barris.
Os estoques de produtos destilados (diesel e combustível para
calefação) aumentaram em 2,4 milhões de barris no mesmo período, para
146,5 milhões de barris. Esta alta superou as estimativas dos
analistas, que era de 1,2 milhão de barris.
Nic Brown, da Natixis, alertou para uma "decepção do mercado no
curto prazo", já que, "com o aumento constante dos estoques de petróleo
bruto e destilados, não seria surpreendente um recuo dos preços de
referência na medida em que se aproxima a data do final do contrato".
