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Gasolina sobe pela quarta semana seguida e fica perto de R$ 5, diz ANP

O preço médio da gasolina comum subiu pela
quarta semana consecutiva nos postos do Brasil, indicou pesquisa
divulgada nesta segunda-feira (7) pela ANP (Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

O litro foi vendido por
R$ 4,98 na semana passada (30 de outubro a 5 de novembro). É uma alta
de 1,4%, ou R$ 0,07 a mais, em relação aos sete dias anteriores (23 a 29
de outubro), quando o combustível estava em R$ 4,91.

A semana
passada foi marcada por protestos antidemocráticos de grupos
bolsonaristas que contestam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
no segundo turno das eleições.

Esses atos bloquearam rodovias, o
que dificultou o fornecimento de combustíveis em regiões como Santa
Catarina e o interior de São Paulo.

A gasolina já custa R$ 5 ou
mais, em média, em 11 unidades da federação, de acordo com a ANP. O
maior valor médio foi registrado na Bahia: R$ 5,51. O Rio Grande do
Norte (R$ 5,44) veio em seguida.

Na outra ponta da lista, o menor
preço foi verificado em Mato Grosso do Sul: R$ 4,78. A Paraíba aparece
com o segundo mais baixo (R$ 4,79).

A sequência de quatro altas
da gasolina ocorre após 15 semanas de quedas, conforme os dados da ANP.
As baixas haviam sido provocadas por cortes de impostos e reduções dos
valores praticados nas refinarias da Petrobras.

Às vésperas do
segundo turno das eleições, o petróleo voltou a ganhar força no mercado
internacional, o que pressionou os combustíveis nas refinarias do
Brasil.

A Petrobras, contudo, segurou repasses em meio à campanha
do presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto isso, o avanço do etanol
passou a impactar o preço da gasolina nas bombas.

ETANOL E DIESEL TAMBÉM SOBEM

O
litro de etanol alcançou R$ 3,70 nos postos na semana passada, conforme
a ANP. A alta foi de 1,9% em relação aos sete dias anteriores (R$
3,63).

Já o óleo diesel atingiu R$ 6,58 no semana passada. A
marca significa leve aumento de 0,3% frente aos sete dias anteriores (R$
6,56).

Na abertura do mercado nesta segunda-feira, a Abicom
(Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) calculava a
defasagem da gasolina em 3% por litro nas refinarias, ou R$ 0,10 abaixo
da paridade de importação.

A defasagem do diesel era maior, de
8%, ou R$ 0,40. Em outras palavras, os preços nas refinarias do Brasil
ainda estão em nível inferior a valores praticados no exterior.

Autor/Veículo: Folha de S. Paulo

Data: 08/11/2022