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Extintores novos continuam em falta e postos de MS culpam fábricas


Portal G1

Motoristas de Campo Grande estão
tendo dificuldades para encontrar o modelo ABC dos extintores. A
reclamação foi feita por Osni Gondim, um telespectador da TV Morena. Ele
disse que foi a vários postos de combustíveis da cidade a procura do
extintor, mas não encontrou o produto.


O problema da falta está nas distribuidoras, segundo o gerente de
posto de combustível, Alexandro Dias. Ele diz que tenta fazer compra
desde novembro, mas as distribuidoras dizem que não têm o produto.


A equipe de reportagem encontrou extintores do tipo ABC no local, mas
os produtos estavam com a validade vencida. Os motoristas deixam os
produtos no posto porque existe um ponto de coleta para depois devolver
às distribuidoras.


O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e
Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro) confirma que os
extintores sumiram em todos os locais de venda. O superintendente do
Sinpetro, Edson Lazarotto, explica que o problema atinge todo o estado.


“Temos quase 100% dos postos sem nenhum extintor ABC para vender.
Todos já foram vendidos no fimal de dezembro, início de janeiro. E
estamos tentando junto às distribuidoras que nos informam que também não
receberam até o momento”, afirmou.


Gerente de uma empresa que está no ramo há cerca de 30 anos, Lauro de
Oliveira diz que não viu uma crise assim do produto em anos de
trabalho. Segundo ele, antes os pedidos eram feitos às fábricas e os
produtos chegavam em uma semana. Agora, os mesmos pedidos demoram cerca
de um mês para serem entregues.


A distribuidora fez um pedido de 600 extintores novos e só recebeu
depois de um mês, quando vendeu quase todos rapidamente. Agora eles têm
apenas 100 produtos de reserva.


“Falta matéria-prima no mercado. Provavelmente esse ano [a situação]
não vai se normalizar a partir do ano que vem. Infelizmente, as fábricas
não se prepararam”, explicou Oliveira.


Além da falta de matéria-prima, a explicação para a escassez do
produto nas fábricas também está no excesso de pedidos. Ainda segundo
Oliveira, as fábricas estão priorizando o mercado dos carros novos.
“Houve um acordo para que as montadoras recebessem os novos extintores e
equipassem os carros novos, por isso, o varejo foi prejudicado”,
afirmou.



Data: 19/02/2015