Valor Econômico (Curtas)
A Petrobras
reajustou nas refinarias, em 15% na média, os preços do gás liquefeito
de petróleo (GLP) a granel. Responsável por 29% dos volumes de vendas do
gás liquefeito de petróleo no Brasil, o negócio de GLP a granel
caracteriza-se pela distribuição por meio de caminhões-tanque e
abastece, sobretudo, indústrias e comércio, além de condomínios
residenciais. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio
Bandeira de Mello, a estatal comunicou as distribuidoras na sexta-feira
sobre o reajuste, válido desde sábado. Em São Paulo, o aumento foi de
18%.
Disputa com o GN
As distribuidoras já estão comunicando seus clientes sobre o
reajuste. “Nas próximas três semanas o mercado deve procurar um ponto de
equilíbrio”, disse Mello. Aplicado num momento de queda dos preços do
barril do petróleo no mercado internacional, o reajuste pegou
distribuidoras e consumidores de surpresa. Com o reajuste, cai a
vantagem competitiva do GLP com o gás natural (GN), seu principal
concorrente na indústria. De acordo com a Associação Brasileira das
Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), a defasagem dos
preços do gás natural para o GLP deve cair para 5%, se o reajuste for
integralmente repassado para o consumidor.