Notícia
MUNDO DEPENDENTE DO PETRÓLEO
A indústria do petróleo trabalha necessariamente com cenários de longo prazo, pois cada ciclo de investimento do setor tem duração de aproximadamente dez anos (da pesquisa de áreas a serem exploradas até o início efetivo da produção). Os cenários para 2030, apresentados pela presidente da Petrobras, Graça Foster, aos novos alunos dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas, projetam uma redução não relevante na participação dos combustíveis fósseis na matriz energética mundial. Atualmente, carvão, petróleo e gás participam com cerca de 80% e em 2030 deverão representar 77% (com redução
do carvão e do óleo, mas aumento do gás). No Brasil, que tem uma matriz bem mais limpa, a participação dos combustíveis fósseis deverá diminuir de 53% para 46%. O que crescerá relativamente é a participação das chamadas fontes renováveis modernas, como a energia eólica e a solar.
Entretanto, considerando-se o crescimento esperado, o mundo e o Brasil ainda precisarão de muito petróleo. Segundo Graça — ela mesma uma ex-aluna de MBA da Fundação — Iraque, Estados Unidos, Brasil e Canadá, nessa ordem, são os países com mais condições de contribuir com aumento de produção para atender ao consumo de hidrocarbonetos nesse horizonte de 17 anos. O Brasil saltará da atual décima terceira posição para o quarto lugar entre os maiores produtores de petróleo na próxima década, ultrapassando inclusive a Venezuela, na América do Sul.
Fonte: O Globo - George Vidor
Data: 08/04/2013