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Prazo para responder à pesquisa da ANP termina dia 30


Se você ainda não entrou no site da ANP (http://www.anp.gov.br/s10/)
para preencher a pesquisa referente ao “Plano de Abastecimento de Óleo
Diesel de Baixo Teor de Enxofre” (DBTE), ainda dá tempo, pois o prazo
foi estendido para 30 de novembro e, de acordo com a Resolução ANP Nº
26, quem não responder ao questionário estará sujeito às penalidades
previstas na Lei nº 9.847. Até o dia 4 de novembro, 20.844 postos
haviam respondido à pesquisa, num universo de quase 38 mil. Os estados
da Amazônia Legal foram o que registraram o menor nível de respostas à
pesquisa.




Vale lembrar que a pesquisa não tem caráter vinculante, ou seja,
quem declarou ter intenção de comercializar pode mudar de ideia depois
e não vender S10/S50. Da mesma forma, aqueles que disseram não ter
intenção de ofertar o diesel de baixo teor de enxofre também podem
decidir vender o produto posteriormente.




Com a pesquisa, a ANP pretende mapear o interesse da revenda em
comercializar o diesel de baixo teor de enxofre - os chamados S10 e S50
(com, respectivamente, 10 e 50 partes por milhão de enxofre) - e assim
saber se haverá um número suficiente de postos ofertando o produto, de
forma a permitir que os veículos novos comercializados a partir de 2012
possam circular por todo o país, sem o risco de não conseguir
abastecer. Isso explica o porquê de aparecerem a latitude e a longitude
do seu posto ao final da pesquisa: a partir do CEP, a própria ANP
calcula as coordenadas do estabelecimento, podendo assim visualizar no
mapa do Brasil onde haverá oferta do novo diesel e quais são as regiões
“desabastecidas”.




“O mais importante nesse momento é tomar a decisão de se vai
comercializar ou não o produto. E, para isso, é preciso analisar se há
tanques e bombas disponíveis no posto para receber esse novo produto:
tenho equipamento ocioso? Posso substituir algum produto que
comercializo atualmente? Vou precisar fazer reforma? É necessário
também avaliar se o tanque que irá receber o produto tem muitos
depósitos, porque S10 e S50 são bastante sensíveis”, destaca Ricardo
Hashimoto, diretor de Postos de Rodovia da Fecombustíveis. Tanto o S10
quanto o S50 requerem tanques e bombas segregados e devem ser
comercializados, concomitantemente, ao S500 ou S1800, que continuarão
sendo utilizados nos veículos antigos. “A expectativa é por uma demanda
inicial baixa. Apesar disso, pode ser interessante para o revendedor
oferecer o produto para não decepcionar sua clientela que comprará
novos caminhões ou para atrair novos consumidores”, ressalta Hashimoto.
Se há o interesse em comercializar o pr oduto, mas o posto não tem
estrutura disponível, é preciso correr contra o tempo.



Afinal, instalar novos tanques implica enfrentar toda a burocracia do
licenciamento ambiental, o que, em alguns estados, significa que, se o
processo não for iniciado agora, não haverá tempo hábil.





Entendendo a questão




A pesquisa obrigatória junto aos postos foi estabelecida pelo
“Plano de Abastecimento de Óleo Diesel de Baixo Teor de Enxofre”,
elaborado pela ANP e do qual a Fecombustíveis é signatária. O Plano é
resultado do Acordo Judicial firmado em outubro de 2008 entre
Ministério Público Federal, ANP, Estado de São Paulo, Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Petrobras,
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e
17 fabricantes de veículos e motores. Com o objetivo de pôr fim à
polêmica pelo não-cumprimento da Resolução 315/02 do Conselho Nacional
de Meio Ambiente (Conama), o Acordo antecipou a fase P7 do Programa de
Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve),
exigindo assim novos motores e combustíveis para o mercado nacional.




No início do ano passado, o S2000 foi substituído pelo S1800 e o
S50 começou a ser introduzido na matriz. Mas a grande mudança mesmo
ocorrerá em 2013, quando o S10 será oferecido nos postos, em conjunto
com o Arla-32 (agente redutor líquido automotivo). Na verdade, os
veículos da fase P7 estarão circulando pelas estradas brasileiras já em
2012, mas, como ainda não haverá S10 disponível para comercialização,
as montadoras darão garantia excepcional para que rodem com S50 nesse
curto espaço de tempo.





Principais dúvidas





Qual a necessidade de ter no meu posto o DBTE?




Os veículos a diesel produzidos a partir de 2012 somente poderão
utilizar DBTE. Quem não vender o produto, corre o risco de perder
mercado e decepcionar clientes.





O posto é obrigado a comercializar este diesel?




Não. A exceção fica por conta das áreas onde o S50 foi introduzido
de forma compulsória (regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza e
Recife), em substituição ao S500.





Tenho que ter tanque/bomba e caminhões exclusivos só para o DBTE?




Sim. Tanto o S10 quanto o S50 são novos produtos e altamente
suscetíveis à contaminação. Por isso, os veículos que transportarem S10
ou S50 também precisam ser dedicados.





Posso vender só o DBTE?




Não é recomendado, pois a demanda inicial por DBTE deve ser
pequena, uma vez que os veículos antigos continuarão utilizando S500 ou
S1800.





O preço do DBTE será maior?




Certamente sim, mas ninguém sabe ao certo o quanto, pois o S10
ainda não é produzido no país. Há um grupo técnico na ANP discutindo
esse tema. Caso seja vendido pelo mesmo preço, corre-se o risco de não
haver produto suficiente. Por outro lado, um S10 muito mais caro pode
desestimular a renovação da frota.





Os caminhões fabricados até 2011 poderão utilizar o DBTE?





Sim, é uma decisão do usuário.





Os caminhões novos podem usar outro diesel, senão o DBTE?




Não. Os novos veículos terão a tecnologia OBD (On Board Diagnose),
ou diagnóstico eletrônico de eventos, que inclui um sensor para indicar
o teor de óxidos de nitrogênio (NOx). Quando as emissões não atendem
aos limites estabelecidos, ocorre perda de potência, comandada
eletronicamente.





Para que serve o Arla-32?




O Arla-32 é indispensável para o funcionamento do sistema de
Redução Catalítica Seletiva (SCR), que irá reduzir quimicamente a quase
zero as emissões NOx.





O Arla-32 é misturado ao S-10?




Não. Os veículos novos contarão com um tanque para Arla-32 e outro
para diesel. Ambos os produtos são altamente suscetíveis à contaminação
e se uma gota de Arla cair no tanque de S10, ou vice-versa, todo o
funcionamento do sistema pode ser comprometido.



Fonte: Assessoria de Imprensa da Fecombustíveis
Data: 09/11/2010