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Obras do Gasoduto Brasil Central devem começar no próximo ano

A empresa Transportadora de Gás do Brasil Central (TGBC) conseguiu
no dia 24 passado dar o primeiro passo concreto para a construção da
Gasoduto do Brasil Central: obteve do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a chamada licença
prévia. Agora, a empresa tem 180 dias para elaborar e apresentar o
Plano Básico Ambiental. Se aprovado o plano, o órgão ambiental
concederá a licença de instalação, fase que antecede a definitiva
autorização de construção. A expectativa da TGBC é de que a liberação
da obra ocorra até o segundo semestre do próximo ano.




Obra




O Gasoduto do Brasil Central, que está orçado em US$ 1 bilhão (R$
1,8 bilhão no câmbio atual), será financiado com recursos da Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo financiado com encargos
setoriais pagos pelas empresas distribuidoras de energia.




A obra terá uma extensão de 903 quilômetros interligando São Carlos
(SP) a Brasília (DF), passando por 38 municípios, 17 deles em Goiás.
Com tubulação de 20 polegadas de diâmetro, o duto terá capacidade para
transportar 5,5 milhões de metros cúbicos de gás/dia. Em território
goiano o gasoduto terá dois pontos de distribuição: um, em Silvânia, e
outro, em Caldazinha.





Conclusão




O diretor administrativo-financeiro da TGBC, André Macedo, diz que
o prazo de construção do gasoduto está estimado em 36 meses, após a
liberação da obra pelos órgãos ambientais, o que significa que poderá
estar concluído até 2014.




De acordo com André Macedo, a obra será dividida em quatro trechos,
um dos quais em Goiás, e deve gerar 3.100 empregos durante toda a sua
execução. O diretor da TGBC explica que gasodutos não são objetos de
concessão, mas de autorização de construção. No caso do Gasoduto do
Brasil Central, a TGBC não transportará produto próprio, mas gás
natural pertencente à Petrobras.





Distribuição




No Estado, a distribuição do gás ficará a cargo da Goiasgás,
empresa de economia mista da qual fazem parte também a Petrobras, a
própria TGBC e outros acionistas menores. Para o presidente da empresa,
José Alves Quinta, o Gasoduto do Brasil Central será uma das mais
importantes obras de infraestrutura para o Estado, ao lado da Ferrovia
Norte Sul.





Projeto vai atrair mais indústrias




Segundo o presidente da Goiasgás, José Alves Quinta, a chegada do
gás encanado será um fator de expansão e consolidação industrial do
Estado. "O gás chega não só para atender as indústrias já instaladas,
lhes dando melhores condições de produtividade e competitividade, mas
também como vetor de atração de novos investimentos", argumenta.




Há um planejamento macro para a distribuição do gás no Estado,
principalmente em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, mas não há
projeto da rede de distribuição propriamente dita. "Esse detalhamento
vai depender da demanda concreta", esclarece José Alves, acrescentando
que já existem tratativas com muitos prováveis clientes.





Vantagens




Conforme o presidente da Goiasgás, o gás natural trará inúmeras
vantagens, tanto para a sociedade em geral como para o consumidor em
particular. Ele cita, dentre outras, a atração de novas indústrias para
o Estado; a melhoria da competitividade da indústria local, visto que o
combustível mais barato permite a redução dos custos de produção; e a
redução dos gastos com sistemas de diminuição da poluição, tendo em
vista a queima mais limpa do gás natural.




Embora o foco inicial seja a indústria, explica José Alves Quinta,
a intenção é de posteriormente disseminar a distribuição do gás para
outros segmentos da economia, como o comércio, condomínios residenciais
e até para a geração de energia, através de termoelétricas. "É claro
que é algo bem para o futuro, mas nada impede que cheguemos lá", frisa
o presidente da Goiasgás.



Fonte: O Popular / GO
Data: 08/09/2010