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Brasil e Irã podem firmar parceria no setor de gás


As relações entre o Brasil e o Irã podem se estreitar ainda mais no
campo econômico para a troca de tecnologia na área de gás natural. Dono
da segunda maior reserva de gás natural do mundo, estimada em 23
trilhões de metros cúbicos, o Irã fica atrás apenas da Rússia. O
objetivo é aprender com os iranianos as formas de exploração, de
transporte e de distribuição mais viáveis para a produção.


A Rússia, que detém a maior reserva de gás natural do mundo, reúne
44 trilhões de metros cúbicos nas suas terras. A América do Sul, como
um todo, com concentrações na Bolívia e Venezuela, tem pouco mais de 11
trilhões de metros cúbicos nas suas reservas. Nesse cenário, as
atenções se voltam para o Irã.


"Os iranianos são muito desenvolvidos, detêm imensa reserva e sabem
como fazer para evitar desperdícios e gastos desnecessários na etapa do
transporte, por exemplo. E isso nos interessa demais", disse o gerente
de Projetos da Secretaria de Inovação do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Rafael Moreira. "Fiquei muito bem
impressionado com o que vi no Irã. Eles conhecem o setor e sabem lidar
com ele."


Ao passar pelo Irã, com a comitiva empresarial liderada pelo
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel
Jorge, Moreira conheceu as várias etapas de atividades da empresa
estatal do Irã - a Iranian Gas Company – e conversou com diretores e
técnicos. Segundo ele, a ideia é elaborar um relatório detalhado, a ser
apresentado à Petrobras e demais empresas do setor, para a avaliação de
um possível acordo de cooperação.


"A parceria pode ser interessante para que as empresas levem o
conhecimento do que se faz no Irã para os novos leilões", disse
Moreira. "A forma como o Irã atua na área de gás natural permite que o
país produza de seis a oito vezes mais do que se tem no Brasil, por
exemplo", acrescentou.


Apesar de deter a segunda maior reserva mundial, o Irã sofre com as
restrições econômicas impostas pelos países alinhados aos Estados
Unidos. Os principais parceiros comerciais dos iranianos são a China e
a Índia. Por essa razão, há expectativa de que um eventual acordo com o
Irã seja bem-sucedido.



 



Fonte: Portal Exame
Data: 16/04/2010