Litro da gasolina fica mais caro
Os preços da gasolina nas bombas dos postos de Joinville aumentaram,
nesta semana, pela primeira vez desde a primeira quinzena de fevereiro.
Segundo levantamento divulgado ontem pela Agência Nacional do Petróleo
(ANP), o motorista está pagando, em média R$ 2,428 na hora de encher o
tanque do carro. É 1,5% a mais do que na semana passada, quando o
combustível custava R$ 2,392.
Dois motivos justificam o aumento nos preços. Os postos aumentaram a
sua margem de lucro – a diferença entre o que os motoristas pagam pelo
combustível e o que os donos das revendas pagam às distribuidoras.
Estas estão começando a cobrar mais dos postos. O menor preço por litro
cobrado passou de R$ 2,08 para R$ 2,125.
A alta no derivado do petróleo, aliada à queda no preço do álcool nas
bombas – que foi de 1,5% na última semana –, diminuiu a diferença de
preços entre os dois combustíveis.
Mas, para os donos de carros bicombustíveis, ainda não compensa encher
o tanque do carro com o derivado da cana. O litro de álcool, que custa
em média R$ 1,875 nos postos, corresponde a 77,2% do preço da gasolina.
Para valer a pena, é preciso que esta relação seja de 70%. É que o
rendimento de um carro movido a álcool corresponde a 70% do desempenho
de um abastecido com gasolina. Em fevereiro, esta relação era de 86,2%.
O ritmo da queda no preço do álcool, que é de 17,7% desde a primeira
quinzena de fevereiro (veja gráfico abaixo) pode diminuir nas próximas
semanas, o que pode dificultar que o derivado da cana fique mais
competitivo do que a gasolina.
O preço médio do álcool combustível teve fortes altas nesta semana nas
usinas de São Paulo, de acordo com os indicadores semanais do Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq).
O álcool combustível disparou 18,7% e foi negociado, em média, a R$
0,9139, ante R$ 0,7698 o litro na semana anterior. Já o preço médio do
litro do anidro, usado na mistura na gasolina, subiu 5,67%, de R$
0,8852 para R$ 0,9353 no mesmo. Segundo Ivelise Rasera Bragato,
pesquisadora do Cepea, a oferta de etanol neste começo de safra de
cana-de-açúcar no Centro-Sul foi reduzida pelas chuvas que atingiram
regiões produtoras, prejudicaram a colheita e a produção do
combustível, bem como puxaram os preços.
Já a demanda, principalmente pelo hidratado, também foi firme, com
várias distribuidoras indo às compras até quarta-feira, quando as altas
diárias foram mais constantes. “A partir de quinta-feira a demanda e os
preços ficaram mais estabilizados”, disse Ivelise.
Fonte: A Notícia
Data: 13/04/2010