Notícia

Atenção na hora de abastecer


A partir de 1º de fevereiro a mistura do álcool anidro na gasolina
passará dos atuais 25% para 20%, numa tentativa do governo de tentar
manter o abastecimento de álcool – e o seu preço – durante o período de
entressafra da cana-de-açúcar no Centro-Sul do País. Por meio de
testes, o consumidor pode saber se o posto em que ele abastece o carro
está vendendo o produto dentro das especificações. Este é apenas um
deles. Os estabelecimentos são obrigados a oferecer três testes
obrigatórios que demonstram para o cliente a qualidade do combustível
vendido. Para o sindicato dos postos (Sindicombustíveis), ao exigir a
prova, o consumidor exercendo seu direito e, de quebra, melhorando um
mercado que sofre com a concorrência desleal. De uma forma geral, as
adulterações acontecem para aumentar a lucratividade tirando dos
concorrentes e, pior, dos clientes, que ainda podem ter o carro
danificado pelas modificações.



“O cliente deve desconfiar de postos que vendem com preços muito abaixo
do mercado. É um indício e, neste caso, é adequado solicitar os testes
que devem ser feitos na presença do cliente”, comenta o diretor do
Sindicombustíveis, Wladimir Figueiredo. Em Pernambuco, de acordo com a
Agência Nacional do Petróleo (ANP), as chances do motorista abastecer
seu carro com combustível adulterado é de 3,4% no caso do diesel, 2,2%
na gasolina e 1,5% no álcool. No Sertão este percentual sobe para 6,5%
no diesel e 4,3% no álcool em municípios como Arcoverde, Serra Talhada
e Sertânia.



Os testes que o cliente pode solicitar são o do teor de álcool na
gasolina e o da massa específica da gasolina e diesel (ou peso do
álcool) – que servem para verificar se os combustíveis estão ou não
adulterados – e também a prova do aferidor, que atesta se a quantidade
mostrada na bomba está realmente indo para o tanque.



Para realizar os três testes os estabelecimentos são obrigados a ter
uma bateria de itens de demonstração, sob pena de receberem multa de R$
5 mil pelo descumprimento. Um desses artigos, aliás, é a placa que
mostra a razão social do posto e o número de denúncias da ANP (0800 970
0267). Os outros são instrumentos utilizados nos testes: proveta de
1000 ml, proveta de 100 ml, termômetro de escala de -10ºC a 50ºC, dois
decímetros para gasolina, dois para diesel e dois de álcool, tabela de
conversão dos três produtos e um aferidor. Além disso, é claro, os
funcionários têm de saber utilizar este material de teste.






Fonte: Jornal do Commercio/PE
Data: 18/01/2010