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Vendas de veículos recuam 13,6% em abril

As vendas de veículos caíram 13,6% em abril na comparação com março e
10,2% em relação ao mesmo mês de 2008, totalizando 234,4 mil unidades.
Essa queda, porém, não impediu o bom desempenho dos negócios no
quadrimestre, que quase empatou com o resultado de igual período do ano
passado, quando não havia sequer ameaça de crise econômica no País.



De
janeiro a abril foram vendidos 902,7 mil veículos (incluindo caminhões
e ônibus), ante 909,2 mil um ano atrás. A diferença, de 6,5 mil
unidades, equivale a pouco mais de meia dia de vendas, levando-se em
conta o ritmo diário verificado no mês passado, de 11.721 unidades, de
acordo com dados antecipados por fontes do mercado.



As
montadoras já contavam com a queda em abril, em parte por causa do
menor número de dias úteis - foram 20, por causa dos feriados, ante 22
no mês anterior - e pelo movimento de antecipação de compras ocorrido
em março, quando havia incertezas sobre a renovação do corte do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI).



Ainda assim, foi o
segundo melhor abril da história, atrás apenas do resultado de 2008,
quando foram vendidos 261,2 mil veículos. Só o segmento de automóveis e
comerciais leves vendeu no mês passado 224,5 mil unidades, 14% menos
que em março e 9,5% menos que em abril de 2008. Já o segmento de
caminhões e ônibus teve queda de 24,2% de um ano para outro. Ambos
tiveram redução do IPI, que vigora até o fim de junho.



A
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea),
que divulgará os números oficiais na sexta-feira, tem manifestado que,
sem o corte do imposto, que zerou as alíquotas para modelos 1.0 e
reduziu à metade para carros maiores, o mercado teria registrado queda
em torno de 20% a 30% na comparação com o ano passado.



Para Luiz
Carlos Melo, do Centro de Estudos Automotivos (CEA), mais que o IPI, o
que ajudou as vendas acumuladas a ficarem próximas do resultado de 2008
"foi o restabelecimento das condições de crédito que faltaram nos
últimos meses do ano passado." Além disso, ele cita a estabilidade no
emprego e da renda no País.



"Qualquer perda verificada nos
últimos meses não foi suficiente para afetar o desejo e, efetivamente,
as compras", afirma Mello. Em sua opinião, a demanda por carros no País
segue reprimida e não deve apresentar queda brusca mesmo após o fim da
redução do IPI.



No quadrimestre, a Fiat segue na liderança de
vendas de carros e comerciais leves, com 25,3% de participação. A
Volkswagen está em segundo lugar, com 23,6%. Na sequência estão General
Motors, com 18,9% e Ford, com 11,2%. Os modelos mais vendidos no
período foram Gol (89,4 mil unidades), Palio (59,5 mil), Uno (51,4
mil), Fox (39,2 mil) e Celta (38 mil).


Fonte: O Estado S. Paulo
Data: 05/05/2009