Notícia

Bombas de combustíveis poderão ter dispositivo para evitar fraudes

O Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro)
implantará, por meio de um dispositivo, a certificação digital das
bombas medidoras de combustíveis. A ação é para evitar fraudes
eletrônicas que adulteram o volume do combustível e trazer maior
segurança ao consumidor na hora de abastecer o veículo.

Na
prática, a medida permitirá que o cidadão receba, em um aplicativo de
celular, a leitura real da quantidade de combustível que passa pela
bomba, ou seja, o consumidor terá a certeza que está levando a
quantidade do produto que de fato pagou.

“A ideia, simplesmente, é
agilizar a identificação de fraude. Hoje, a gente tem catalogado uma
série de fraudes realizadas em placa de circuito impresso, em sessão de
microcontroladores. Tem controle remoto acionando fraudes para, na hora
que a fiscalização bater, conseguir desabilitar a fraude e a gente tenha
dificuldade para identificar a fraude ou não. Então, a gente tem uma
série de fraudes bem difíceis de serem identificadas”, explicou o chefe
da Divisão de Gestão Técnica, do Inmetro, Bruno Couto.

“A ideia é
empoderar o consumidor para que ele tenha condição de indicar,
inclusive, aonde estão acontecendo as fraudes e de uma forma bem rápida e
direta", afirmou o chefe da Divisão de Gestão Técnica, do Inmetro,
Bruno Couto

Segundo o Inmetro, no Brasil, esse tipo de fraude supera os R$ 20
bilhões por ano. O instituto está em fase final de implantação do
regulamento técnico que prevê a certificação digital de bombas de
combustíveis de todo o país.

Processo de Certificação Digital

Todo o processo de certificação digital das bombas medidoras de
combustíveis será feito em parceria com o Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação (ITI), órgão responsável por estabelecer os
padrões criptográficos referenciais para assinaturas nas comunicações
que envolvem a Administração Pública Federal.

A ideia é que os
postos possam ir substituindo as bombas de forma gradual, à medida que
os equipamentos forem ficando obsoletos pelo tempo de uso, com exceção
dos que tiverem sido fraudados.

“Só vai ser trocada uma bomba
quando esta chegar próxima ao final de sua vida útil. Exatamente para
não gerar nenhum tipo de impacto negativo”, ressaltou o representante do
Inmetro.

Todo esse processo de certificação digital foi definido
por meio de regulamento e contou com a participação do setor, incluindo
a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),
donos de postos de combustíveis e a sociedade em geral.

“A ideia é
empoderar o consumidor para que ele tenha condição de indicar,
inclusive, aonde estão acontecendo as fraudes e de uma forma bem rápida e
direta. Ele mesmo vai poder conferir o volume que foi abastecido”,
acrescentou Bruno Couto.

Autor/Veículo: Portal Brasil

Data: 18/03/2021