Notícia

Distribuidoras reajustam preços

O preço dos combustíveis pode subir nas bombas, segundo informações do
Sindicombustíveis-PE. A entidade informa que as distribuidoras dos
produtos vêm aumentando os valores cobrados aos postos desde fevereiro.
As altas foram de R$ 0,30, em média, no litro do álcool anidro
(adicionado à gasolina) e de R$ 0,20, em média, no litro do etanol
(usado diretamente na bomba). O presidente do Sindicombustíveis-PE,
Alfredo Pinheiro Ramos, diz que o preço da gasolina para o consumidor
pode chegar a R$ 3,09 e o do etanol a R$ 2,40. Mas ele pondera que estes
valores são estimativas e que tudo depende da concorrência e das contas
de cada estabelecimento.



“À medida que os estoques vão acabando, os postos vão refazendo as
contas. Alguns já repassaram o aumento, outros estão esperando. Segurar
mais essa majoração seria inviabilizar o negócio”, informa. Ele diz que
as distribuidoras justificam o incremento alegando que houve diminuição
na safra do setor sucroalcooleiro provocada pela seca no Sudeste.
Entretanto, o presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do
Álcool no Estado de Pernambuco, Renato Cunha, garante que tanto a safra
atual vai ser maior do que a anterior como haverá aumento na produção de
etanol.



A safra 2013/2014 deve chegar a 14 milhões de toneladas de cana, ante as
13,5 milhões de 2012/2013. Já a fabricação de etanol passará de 272
milhões de litros para 290 milhões. “Não aceitamos este tipo de
justificativa por parte das distribuidoras. A função delas não é só
comprar e vender o produto, mas também investir em estoque e zelar pela
logística”, afirma.



Além disso, ele diz que Pernambuco sofre com variações climáticas
constantes e já deveria haver uma preocupação das distribuidoras com
esta questão. “Eles podem alegar que houve aumento no consumo e que isto
impactou nos preços, mas também existe o problema da falta de
programação”, completa. Ramos explica que a majoração nos valores deve
atingir também o óleo diesel que está sendo usado em excesso por causa
da crise energética enfrentada pelo Brasil.


Fonte: Folha de Pernambuco
Data: 24/03/2014