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GÁS NATURAL VEICULAR VAI SUBIR 6,5%

A  Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) autorizou uma redução no tamanho do aumento do gás natural veicular (GNV) e do gás natural comprimido (GNC) proposto pela Companhia Pernambucana de Gás Natural (Copergás). Nos cálculos da companhia, com base no repasse feito pela Petrobras e na cesta de combustíveis que pressiona o aumento, a alta seria de 11,25%. Mas a Copergás decidiu reduzir sua margem e propor uma alta menor, de 6,5%. Com isso, o preço na bomba deverá subir em média R$ 0,07, passando de R$ 1,79 para R$ 1,86 o metro cúbico. O reajuste começou a valer desde ontem, com a publicação da autorização da Arpe no Diário Oficial do Estado.

O diretor técnico e comercial da Copergás, Jaílson Galvão, explica que a redução no reajuste foi uma medida para minimizar a alta ao cliente do setor e evitar a diminuição nas vendas de GNV. “O gás veicular já chegou a representar 20% das nossas vendas, mas caiu para 15% em função de problemas como reajuste no preço, oferta e outras dificuldades”, diz. Pernambuco tem uma frota de 41 mil veículos convertidos para usar GNV. As vendas do combustível chegam a 170 mil m³ por dia.

O GNC, gás comprimido, é transportado em caminhões para abastecer postos no interior, em municípios ainda não atendidos pela rede de gasodutos da Copergás.

O aumento para o GNC também será de 6,5%. O preço do metro cúbico deverá passar de R$ 1,99 para R$ 2,06. Jaílson Galvão alerta que mesmo com a alta, o gás veicular ainda é mais competitivo na comparação com o álcool e a gasolina, em função de ter um rendimento maior por quilômetro rodado.

Sem ICMS 
Além da redução no índice de reajuste, os usuários de GNV também contam com outra medida para incentivar o uso do combustível. Está em estudo na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) um projeto que prevê a isenção da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o GNV, o que poderá reduzir em até R$ 0,20 o preço final do combustível.

Diferente do GNV, o reajuste do gás para o setor industrial aconteceu em fevereiro. A Copergás decidiu aplicar o aumento médio de 3,03% aprovado pela Arpe. O setor industrial é o principal cliente da empresa, responsável por 76% de todo o faturamento. A alta foi de 2,2% no valor cobrado pelo metro cúbico. Cem indústrias do Estado foram atingidas. Para o segmento comercial, a elevação foi de 2,9%.

No setor residencial, o reajuste a ser aplicado seria de 5,87%, mas a Copergás também decidiu reavaliar. O segmento é considerado estratégico nos planos de crescimento da companhia, que espera uma expansão de 40% na base de clientes.


Fonte: Jornal do Commercio/PE
Data: 19/03/2013