Notícia

CMA pode aumentar punição para quem vender combustível adulterado


Dos 11 projetos incluídos na pauta da reunião da Comissão de Meio
Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) marcada
para a próxima terça-feira (2), às 11h30, dois se referem à
fiscalização das atividades relacionadas ao abastecimento de
combustíveis. O PLC 162/09 aumenta as punições a quem comercializar
combustível adulterado. O PLS 291/09 torna obrigatória a fiscalização
anual das empresas de distribuição e revenda de combustíveis. As duas
proposições precisam ser votadas pelo Plenário.


Apresentado pelo deputado Celso Russomanno (PP-SP), o PLC 162, que
recebeu voto favorável do senador João Pedro (PT-AM), prevê que aqueles
que comercializarem combustíveis adulterados sejam punidos, já na
primeira infração, não apenas com multa, mas também com a suspensão
temporária, total ou parcial de suas atividades.



A legislação atual só prevê a suspensão na segunda reincidência da
infração ou quando o valor máximo da multa não corresponder à vantagem
obtida em decorrência da prática irregular. O projeto não alterou os
prazos de suspensão que deverão ser entre dez a 15 dias na primeira
punição e 30 dias na segunda. Cometer a infração pela terceira vez
implica no cancelamento definitivo do registro que autoriza o
funcionamento do estabelecimento.

Por sua vez, o PLS 291, de iniciativa da Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), foi aprovado na Comissão de Infraestrutura
na forma de um substitutivo apresentado pelo relator Francisco
Dornelles (PP-RJ). Na CMA a relatora, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS)
optou por acompanhar o parecer de Dornelles.



A alteração proposta por Dornelles e aprovada pela CI foi limitar a
fiscalização anual apenas às empresas de distribuição de combustíveis.
Apensas quando verificada adulteração nos combustíveis comercializados
por determinada distribuidora, a fiscalização se estenderia por toda a
rede de postos atendida por ela. A justificativa é a incapacidade da
Agência Nacional de Petróleo (ANP) não dispor de estrutura para
fiscalizar todos os anos os cerca de 37 mil postos existentes no país.

Fonte: Agência Senado
Data: 02/03/2010